domingo, 28 de fevereiro de 2010




Momentos Roubados

Naquela tarde fugidia
Você foi um sonho
Meio irreverente
Infantil, inconseqüente
Que poderia se tornar pesadelo
Caso alguém visse a gente
Uma transa incontida
De natureza proibida
Um sonho, bem presente
Foi lindo, maravilhoso
Nós dois ali
Fazendo amor gostoso
O lugar não era apropriado
O momento era roubado
E o nosso tempo controlado
O que acontecerá de agora em diante
Não queiramos saber
Vamos viver o presente
O sonho dos momentos roubados

Claudete Silveira
(2004)

Tua

Sou tua, não nego.

Entrego-me
Baixo a guarda
Sossego
Curvo-te à alma
Espero
Perco meu rumo
Aprumo
Rendo-me ao teu encanto
Acalanto
Roubo-te o beijo
Desejo
Prostro-me encantada
Apaixonada.
Sou tua, não nego!

Claudete Silveira
05/07/2007





Quero-te assim

Quando minha cabeça

Repousar no travesseiro

Quero sentir o teu cheiro

Em teus braços me aninhar

E tê-lo por inteiro

De mansinho roçar-te a pele

Eriçar-te o pêlo

E fazer-te acordar

Quero beijar-te a boca

Oferecer-te o gosto

Do nosso prazer

Quero envolver-te em meus braços

Demover-te do cansaço

Ser teu bem querer

Quero que me beijes a nuca

Que me deixes maluca

Que me faças gemer

Nossos corpos entrelaçados

Beijos molhados

Sensualidade pura que me atiça

Me faz mais e mais te querer

Momentos de desvairios

Que me provocam arrepios

Descontrolados

Quero-te assim

Levando-me a loucura

Sem censura

No mais íntimo e puro desejo do meu ser


Claudete Silveira

22/07/07


A Bela e a Fera

Entre a Bela e a Fera,
A beleza da pura!

Beleza da paixão,

Possui ela,

Na fera que procura.

Fera ensimesmada

Que a tira do sono,

Em tristes noites

Veladas.

Solitárias madrugadas,

De puro abandono.

Vestir-se de Bela

É o que espera...

Mas a fera

É sua tortura,

Confronto!

Sua alma na loucura.

Bela...fera...cândida e pura

Fera...bela...momentos sem mesura.


Claudete Silveira

27/07/09